
Uma das frentes já consolidada aqui na Elos é a de consultoria de processos.
A partir da nossa vivência e de arquétipos revelados pela ecologia social, área de estudo da antroposofia dedicada à compreensão de contextos organizacionais, aprendemos que nem sempre é eficaz buscarmos resultados com foco na análise dos gaps e, consequente, no redesenho do processo. Para entendermos melhor, é necessário adicionar outras dimensões neste campo de investigação.
A primeira é compreender que o processo de melhoria se relaciona e depende de outros processos no contexto em que está inserido, e normalmente isto pode ser feito a partir da análise da cadeia de valor do negócio ou área. A intenção é compreender se a consequência não desejada que se revela no processo de melhoria, tem origem em um momento anterior.
A segunda dimensão está no campo cultural, onde o desafio é identificar atitudes das pessoas que não fazem parte do sistema normativo oficial da organização, mas são amplamente aceitas e validadas por muitos de seus membros.
Por fim, a última dimensão está no campo das relações, e aqui, além de identificar e tratar conflitos que possam existir entre pessoas ou grupos, o desafio é perceber como os níveis hierárquicos superiores também sustentam crenças e padrões geradores de efeitos indesejados ao longo da cadeia de valor.
Neste contexto, como vocês puderam notar, a análise da causa raiz dos gargalos precisa ir muito além da utilização das ferramentas de qualidade ou de metodologias de tratamento de falha; é preciso se aprofundar nos aspectos culturais e na dinâmica das relações humanas.
Quando estas questões não são contempladas na consultoria de processos, parte do trabalho acaba arquivado e as dores mais críticas continuam fazendo parte do dia a dia desse grupo de pessoas.
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