Neste último final de semana tive a alegria de conhecer Tiradentes/MG, uma cidade muito intensa e plural, condensando arte, arquitetura, história, religiosidade, gastronomia e uma natureza de tirar o fôlego.
Esse pedacinho de paraíso tem algumas peculiaridades a começar pela sua história.
Ficou escondida desde a chegada dos portugueses até o início do século XVIII, quando começou a ser explorada pela Coroa que ali aportou em busca de ouro.
Foi um ciclo muito próspero, mas também doloroso, marcado pela escravidão, a depredação da natureza e o trágico fim da Inconfidência Mineira. Em 100 anos ocorre a ascensão e queda da região, que entra em um período de profundo esvaziamento e abandono.
Já no início da década de 70, um inglês chamado John Parsons, ecologista e engenheiro, visita a cidade e se apaixona pela sua exuberância natural e histórica. John antevê ali um spot de turismo único, conectando e evocando todas as vocações do lugar.
O turismo começa com o público internacional e logo cresce em prestígio e popularidade.
Um reflexo da sua percepção aflorada e, sem dúvida, do seu foco em empreender: foi proprietário da primeira pousada da cidade, membro fundador da sociedade de amigos de Tiradentes e do centro cultural Yves Aves, criador da primeira brigada voluntária de combate a incêndios na Serra de São José, responsável junto à CEMIG por tornar subterrânea a distribuição de energia no perímetro do centro histórico, peça fundamental no tombamento da Serra de São José e na despoluição do córrego de Santo Antônio.
Saí muito inspirado por esse lugar, mas principalmente pela capacidade de visionar e realizar de John Parsons. Um visionário que que não mobilizou apenas a si mesmo, mas um conjunto de pessoas inspiradas por ele a transformar Tiradentes no que ela é hoje.
E você, que antevisão tem guiado seus projetos?
Quais passos você tem dado para realizá-las?
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