Uma fase fundamental na metodologia de atuação da minha consultoria é a de diagnóstico. Nela busco compreender os cenários internos e externos do cliente, relacionados com o contexto da minha contratação.
A título de comparação, esta etapa equivale a uma fase de planejamento que deveria anteceder qualquer tipo de intervenção em nosso dia a dia de trabalho. Ou seja, quão mais acurada for a percepção da realidade, melhor será o desenvolvimento do projeto como um todo. Normalmente ela se dá por meio de entrevistas individuais, com perguntas diversas, sustentadas por diferentes arquétipos da antroposofia.
O desafio em geral não reside na aplicação do método, mas na minha qualidade de presença e conexão com cada um dos interlocutores. Preciso me esvaziar e abrir espaço para o outro poder se expressar e ser compreendido por mim. Quando isso acontece, os encontros nos entregam muito mais do que estamos esperando, como na recente experiência que vivenciei junto a um instituto dedicado à conservação da biodiversidade, parceiro de longa data.
Em entrevistas individuais no campo, envolvendo os parceiros implementadores do instituto, a conversa caminhou naturalmente por suas biografias, revelando a relação intrínseca com o momento de vida atual e seus desafios. Este espaço de segurança criado entre nós e aquecido pelo ambiente natural que nos circundava, além de construir caminhos para as questões mais críticas, permitiu adentrarmos em aspectos subjacentes, mas não menos importantes e vitais para a assertividade da solução.
O processo também se revelou uma fonte de sabedoria, nos entregando ricos aprendizados pessoais e me recordando de estar mais atento às questões essenciais da minha vida. Diante de jornadas enriquecedoras assim, torna-se difícil chamar de trabalho estas vivências. Afinal, meu sentimento é de profunda gratidão por saber que todos nós, envolvidos no processo, saímos bem melhores do que chegamos.
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